segunda-feira, 11 de abril de 2011

O que está twittando agora?

Twitter. Esse é o nome da nova onda na web. Onda que se não chegou para ficar promete. Milhares de pessoas aderiram à esta interface virtual e estão twittando por aí. Entretanto, como toda novidade, se por um lado, o twitter provocou adesões apaixonadas, por outro, causou controvérsias. Há aqueles que acham uma tremenda babaquice. Há aqueles que viciaram e defendem sua mania. Dizem que os que viram a cara não entendem o real sentido de twittar.

O twitter se encaixa dentro de uma necessidade humana de dizer. Desde que o mundo é mundo, gostamos de falar, expor sentimentos, opiniões, compartilhar pensamentos, etc. A “existência virtual” nada mais fez do que ampliar esse desejo, e mídias como twitter, orkut e blogs dão bem a medida da questão. No caso do twitter, é um exercício de contar muito de nós em poucas palavras, uma vez que há um limite de 140 caracteres para cada mensagem. Restrição que, na maior parte dos casos, é compensada pela intensidade com que as mensagens aparecem. Tem gente que de minutos em minutos entra pra twittar. Isso se torna ainda mais maximizado com a perspectiva de portabilidade ensejada pela mídia. Dá pra twittar pelo celular, comemoram os twitteiros crônicos.

Segundo, o twitter vai ao encontro de um anseio muito natural de visibilidade. Queremos e precisamos ser vistos. Muita gente, entretanto, tem utilizado o twitter como espécie de big brother. Contam numa compulsão ululante o que fez, está fazendo e o que pretende fazer. Obviamente, fazem isso porque não veem nada demais nessa exposição e sentem que existe do outro lado algum “indivíduo payper-view”, acompanhado cada passo. Surge assim uma das ideias ensejadas pela mídia: os seguidores. Eu twitto, você me segue. Você twitta, eu te sigo. Não é raro encontrar coisas como: “Estou fazendo um trabalho da faculdade agora”, “Quero que a chuva passe pra ir à festa de Fulana”, “Estou com dor de cabeça”, “Saudades do meu amor” e outros desabafos, entre comentários de prováveis seguidores.

Além do clássico dizer o que está fazendo, o twitter serve como uma maneira de dizer o que se está pensando. Nesta utilização da mídia, é que surgem espaços de discussão e troca de informações sobre determinados assuntos de interesse. Tem gente, por exemplo, que compartilha pelo twitter as impressões sobre “aquele filme” ou a peça em cartaz no fim de semana. Assim como trocam figurinhas sobre livros interessantes ou as roupas da estação. Tem também os que comentam os gols da rodada e o desempenho dos jogadores de seus times prediletos. Haja discussão!

Para quem pensa que o twitter é coisa de desocupado ou febre de adolescentes, está muito enganado. Basta citar os chamados twitters corporativos. Muitas organizações caíram nas graças do twitter e podem ser seguidas nesta mídia. Elas podem utilizá-la como uma estratégia promocional, espalhando informações sobre seus produtos, marcas ou serviços, como fazem a Samsung e a construtora Tecnisa. Personalidades e artistas também ingressaram neste universo. Um dos exemplos mais comentados é o do presidente dos Estados Unidos Barack Obama.

O twitter coloca em cena diferentes possibilidades. São diversos os usos que podem ser feitos dele assim como ocorre com outras mídias digitais. Se vai ser pra fofocar, trabalhar, fazer amizades, ampliar networking, passar o tempo, vender serviços, vai de cada um. O twitter toca em dois pontos fundamentais: liberdade de expressão e de circulação. Twittando frases ou seguindo alguém, é você quem dá o tom.

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