quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Desabafos de uma alma solitária.


Se tem algo que eu desisto de tentar entender é o destino,a ordem cronológica do que está pra nos acontecer. No momento que eu menos queria,que eu menos precisava,no momento em que eu não tinha forças para me doar, o destino abriu uma porta na minha vida, e me enviou um anjo.Um anjo que veio até mim me mostrar que nada tinha se perdido,que eu era capaz de retomar a minha vida, e o principal de tudo,que eu ainda poderia ser feliz.
Alguém que eu nunca entendi de onde tirava tanta serenidade,tanta sutileza,tanta coisa boa que preenchia o meu coração vazio.E quão paciente era esse anjo. Ouvia meus desabafos,meus momentos em crise, secava todas as minhas lágrimas,e me dava um conforto impressionante. Seu olhar que brilhava já era a tradução de muitas coisas... Tais coisas que eu nem precisara ouvir sair de sua boca, aquilo já era muito mais que palavras. É um sentimento altruísta.É algo bom,inesperado,são horas e horas no telefone.
Parece que naquele dia eu estava sentada num parque,num fim de tarde. Lindas e grandiosas árvores,que se estendiam e pareciam jamais cessar. Frutos vistosos, e uma brisa gostosa de inverno batendo no rosto. E os galhos de suas árvores balançavam intensamente... Em meio a tantas folhas caídas no chão, ela foi a folha que veio lá do alto,voando devagarzinho até acomodar-se no meu colo. E foi assim que notei o quão eras especial...
Foi o meu sentimento mais sincero,o mais puro. A minha incógnita, o meu laço sereno, a minha sereia,meu trevo de quatro folhas. E foi assim que ressurgiu a minha vontade de viver. A vontade que eu tinha de viver a minha vida, e principalmente, a vontade que eu tinha de viver por alguém.

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